Estudo 5
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Objetos que Trazem Bênção e
Maldição: Um Estudo sobre o Uso de
Objetos e a Fé
Augustus Nicodemus Lopes
Um assunto que tem provocado muita polêmica em
nossos dias é o ensino do moderno movimento de batalha
espiritual acerca de objetos que têm o poder de abençoar
e amaldiçoar aqueles que os tocam ou possuem. Nesse
pequeno artigo, procuro compreender esse ensino e
oferecer uma avaliação.
Objetos que Trazem Bênção
Nos cultos de muitas igrejas de libertação, objetos
variados são empregados como canais de bênção. Eles
são ungidos (abençoados) nos cultos com o objetivo de
passarem ao fiel algum tipo de benefício. Os mais comuns
são a água fluidificada (colocada sobre o rádio ou TV
durante a oração do "homem de Deus"), a rosa ungida,
ramos de arruda, sal grosso, óleo, água, vinho, pedrinhas
trazidos da "terra santa" (Israel), fitinhas, pulseiras e
lenços.
Embora os líderes dessas igrejas insistam que esses
objetos abençoados funcionam apenas como apoio para a
fé dos crentes, ao fim, acabam sendo usados como
talismãs, fetiches e outros objetos "carregados" de poder
espiritual. Os seus possuidores devem usá-los de acordo
com algum tipo de ritual, após o culto. A água pode ser
bebida em casa, após a oração de consagração. O
"cajado de Moisés" deve ser usado para bater naquilo que
o crente gostaria de ter (um carro novo, por exemplo).
Lenços ungidos devem ser carregados junto ao corpo por
determinado tempo, geralmente durante o tempo de uma
corrente de oração.(1)
Muitas vezes objetos são "abençoados" nessas igrejas
com o objetivo de espantarem e expelirem demônios. A
idéia que está por detrás desse uso religioso de artigos e
objetos é o de que as entidades espirituais (anjos e
demônios) podem ser atingidas através dos sentidos como
cheiros, cores, gosto e vozes. Nesse ponto os cristãos do
primeiro século se afastaram significativamente das
práticas exorcistas do Judaísmo da sua época, que foram
desenvolvidos no período intertestamentário. Os métodos
rabínicos de tratar com demônios incluía o uso de tochas
de fogo à noite, amuletos, filactérios,(2) fórmulas mágicas,
fumigações, entre outros. A idéia era que essas coisas
teriam em si algum tipo de poder mágico contra os
demônios.(3) No cristianismo primitivo, entretanto, a idéia
de que demônios pudessem ser atingidos através de sons,
cheiros ou coisas materiais e tangíveis, está ausente.
É importante dizer que não duvido da sinceridade e da
boa-fé dos que empregam esses objetos. Entretanto,
podemos estar sinceramente enganados no que diz
respeito ao culto a Deus, como os judeus na época de
Paulo (Rm 10.1-2). É minha convicção que o uso desses
objetos como apoio para fé ou canal de bênçãos não faz
parte do culto agradável a Deus que nos é ensinado nas
Escrituras.
Entendendo o uso de objetos na Bíblia
Salta aos olhos de quem conhece as práticas religiosas
populares que o uso de objetos ungidos pelas igrejas de
libertação é bastante semelhante ao benzimento de
objetos no baixo espiritismo, artes mágicas e no
ocultismo em geral. Entretanto, essas igrejas argumentam
que a prática tem base na Bíblia. Provavelmente a
passagem bíblica mais citada é Atos 19.12, onde se relata
o uso dos aventais e lenços de Paulo para expulsar
demônios em Éfeso. É preciso salientar, entretanto, que
esse acontecimento é o único do gênero que temos
registrado no Novo Testamento. Fez parte dos "milagres
extraordinários" que o Senhor realizou em Éfeso pelas
mãos de Paulo (At 19.11).
Devemos interpretar essa passagem da mesma forma
como interpretamos os relatos do Antigo Testamento
sobre o cajado de Moisés (Ex 8.5,16) e o manto de Elias
(2 Re 2.8,14). Esses objetos foram veículos materiais do
poder miraculoso desses homens. O propósito das
narrativas acerca do poder que havia neles foi mostrar o
extraordinário poder de Deus nas vidas dos seus
possuidores, comprovando que a sua mensagem vinha
realmente da parte de Iavé. O ponto é que esse poder era
tão grande que até as coisas com as quais Moisés e Elias
tinham contato diário se tornavam canais através dos
quais ele era transmitido.
Além dessas ocorrências no Antigo Testamento
mencionadas acima, outros eventos são citados como
justificativa para o uso de objetos como veículos do poder
divino. Moisés fez uma serpente de bronze (Nm 21.9).
Eliseu usou um prato novo com sal para miraculosamente
sanar as águas de Jericó (2 Re 2.19-22), um pouco de
farinha para purificar uma comida envenenada (2 Re
4.38-41), um pau para fazer flutuar um machado que caiu
no rio (2 Re 6.1-7). Sob seu comando, as águas do Jordão
serviram para curar a lepra de Naamã (2 Re 5.1-14). Seu
bordão parece que era usado para realizar milagres (2 Re
4.29) e seus ossos ressuscitaram um morto (2 Re
13.20-21). O profeta Isaías usou uma pasta de figos para
curar Ezequias (2 Re 20.7).
Alguns eventos narrados no Novo Testamento são também
citados como prova. As vestes de Jesus tinham poder
curador. Não somente a mulher com um fluxo de sangue
foi curada ao tocá-las (Lc 8.43-46), mas muitas outras
pessoas doentes (Mt 14.36; Mc 6.56; cf. Lc 6.19). Em
pelo menos duas ocasiões, Jesus usou saliva para curar
cegos (Mc 8.22-26; Jo 9.6-7), e em outra, para curar um
mudo (Mc 7.33). Aparentemente, a sombra de Pedro,
após o Pentecostes em Jerusalém, acabava por curar a
quem atingisse (At 5.15).
Devemos entender, entretanto, qual o objetivo dessas
narrativas. Em todas elas, o conceito é sempre o mesmo.
Jesus e os apóstolos eram tão cheios do poder de Deus
que as coisas com as quais tinham contato íntimo se
tornavam como que em extensões deles, para curar e
abençoar as pessoas. O objetivo é idêntico: enfatizar a
enormidade do poder de Deus em suas vidas, e assim,
atestar que a mensagem pregada por eles, bem como
pelos profetas do Antigo Testamento, vinha de Deus. A
prova eram os poderes miraculosos tão extraordinários
que até mesmo vestes, bordões, ossos, saliva, sombra e
lenços desses homens transmitiam o poder curador de
Deus que neles havia. É dessa forma que devemos
entender o relato de Atos 19 sobre o poder curador dos
lenços e aventais de Paulo.
Evidentemente, essas passagens não servem como prova
de que, hoje, as igrejas evangélicas podem abençoar
objetos e usá-los para expelir demônios, proteger seus
possuidores contra forças negativas e curar moléstias.
Notemos as principais diferenças entre o uso destes
objetos nos relatos bíblicos e o uso que é feito hoje pelas
igrejas de libertação.
1. Foram usados como símbolos - Em vários casos, o
papel de objetos na execução dos milagres bíblicos é
melhor entendido como tendo sido simbólico. De alguma
forma estavam relacionados à natureza do milagre: uma
serpente de bronze para curar mordeduras de serpentes,
um pedaço de pau para fazer um machado flutuar, sal e
farinha para purificar águas e comida (os dois elementos
eram usados nos sacrifícios), ossos para trazer vida e
água do Jordão para "limpar" a lepra. Nas igrejas de
libertação, muito embora se diga que os objetos
funcionam simbolicamente como apoio para a fé, acabam
sendo aceitos pelos fiéis menos avisados como possuindo
em si mesmos alguma virtude ou poder.
2. A natureza dos milagres em que foram empregados -
Os objetos fizeram parte de milagres que não vemos
serem repetidos hoje. A melhor maneira de provar que o
uso de objetos ungidos hoje opera a mesma liberação do
poder divino como nos eventos relatados na Bíblia, seria
abrir rios, ressuscitar mortos, curar leprosos, cegos e
aleijados, sanear águas amargas e limpar comidas
envenenadas usando objetos pessoais dos missionários e
obreiros dessas igrejas. Entretanto, os "milagres"
efetuados pelos objetos ungidos nas igreja de libertação
nem de perto se assemelham aos prodígios
extraordinários narrados nas Escrituras.
3. Seu uso limitou-se ao momento do milagre - Nenhum
dos objetos empregados na Bíblia preservaram algum
"poder" em si mesmos após o milagre ter ocorrido. A
serpente de bronze, até onde sabemos, não foi mais
usada para curar mordidas de serpentes após o incidente
no deserto, muito embora os judeus supersticiosos
passassem a adorá-la como a um deus. É natural supor
que Eliseu, após usar o manto de Elias para abrir as
águas, usou-o normalmente como peça do seu vestuário,
sem que o mesmo exercesse qualquer poder mágico nas
coisas em que tocava. O sal, a farinha e o pedaço de pau
que ele usou para fazer milagres foram tirados da vida
normal e retornaram a ela após seu uso. Não retiveram
qualquer propriedade miraculosa em si mesmos.
Semelhantemente, os lenços e aventais de Paulo tiveram
um uso especial somente em Éfeso, e provavelmente
somente durante um determinado período, ao longo dos
três anos que o apóstolo passou ali. Em contraste, as
igrejas da libertação ungem e abençoam objetos e
atribuem a eles efeitos que permanecem muito tempo
após a cerimônia. É algo bem diferente do uso ocasional
feito pelos profetas e apóstolos.
4. Os objetos estavam ligados à pessoa dos homens de
Deus - Alguns dos objetos usados eram coisas pessoais
dos homens de Deus, como a capa de Elias, o bordão de
Eliseu, as vestes de Jesus, os lenços e aventais de Paulo
e, num certo sentido, a sombra de Pedro. Eles só foram
empregados por isso. O alvo era mostrar o extraordinário
poder de Deus sobre tais homens. Quando refletimos no
fato de que somente coisas pessoais dos profetas, do
Senhor Jesus e dos apóstolos foram usadas,
perguntamo-nos se nossos objetos pessoais teriam o
mesmo poder. A resposta humilde deve ser "não". Os
profetas, o Senhor e os apóstolos foram pessoas
especiais e pertenceram a uma época especial e única
dentro da história da revelação. A suspeita de que nossos
objetos pessoais são impotentes para realizar milagres
fica ainda mais fortalecida quando não descobrimos nas
Escrituras qualquer exemplo de coisas dos crentes
comuns sendo usadas com esse fim.(4)
5. Nenhum dos objetos empregados foi ungido ou
abençoado - Essa é uma diferença fundamental. Nas
igrejas de libertação, os objetos são ungidos, abençoados,
fluidificados e consagrados através da oração e da
imposição de mãos dos pastores e obreiros, depois do
que, passam supostamente a ter poderes especiais. No
entanto, em nenhum dos casos mencionados nas
Escrituras, os objetos empregados nos milagres
passaram, antes, por uma cerimônia de consagração. A
Bíblia desconhece totalmente a "unção" de coisas com o
fim de serem empregadas em atos miraculosos, para
atrair as bênção de Deus, ou ainda, para expelir demônios
e doenças. É verdade que no Antigo Testamento alguns
objetos, utensílios e mobília do tabernáculo, e depois, do
templo, foram ungidos com sangue e óleo. Mas o
propósito não era investir essas coisas de poderes
especiais, e sim separá-las do seu uso comum para o uso
sagrado nos rituais de sacrifício. Eliseu não ungiu nem
consagrou, pela oração, o sal, a farinha e o pedaço de
árvore que usou para operar milagres. Nem Isaías ungiu a
pasta de figo para curar a úlcera de Ezequias. Nem
mesmo a serpente de bronze passou por uma
consagração, antes de ser erigida diante do povo
envenenado pelas serpentes. Os lenços e aventais de
Paulo não passaram pela imposição de mãos do apóstolo
antes de serem levados aos doentes e endemoninhados.
O que dava "poder" àqueles objetos era o fato de que
pertenciam, ou foram manipulados, por pessoas sobre
quem o poder de Deus repousava de forma extraordinária.
A conclusão inescapável é que não existe qualquer
fundamento bíblico para que, hoje, unjamos e abençoemos
objetos com o propósito de transmitir, através deles, uma
medida do poder de Deus. Mais uma vez repito: creio que
Deus faz milagres hoje. Creio que ele poderia usar o que
quisesse para fazer isso. Entretanto, creio também que
Deus nos revela em Sua Palavra os seus caminhos e seus
meios de agir, para que não sejamos iludidos pelo erro
religioso. E se vamos usar as Escrituras como regra da
nossa prática, bem como critério para discernirmos a
verdade do erro, acabaremos por rejeitar a idéia de que,
pela oração e unção, determinados objetos repassam uma
bênção de Deus aos seus possuidores.
Objetos que Trazem Maldição
Tratemos agora de outro ensino ainda relacionado com o
uso de objetos no campo religioso. Segundo adeptos do
movimento de "batalha espiritual", objetos utilizados em
qualquer forma de magia, ocultismo ou religião idólatra
ficam impregnados de emanações malignas, como se
demônios de fato residissem nos mesmos. Para usar a
linguagem de alguns do movimento, esses objetos
estariam "demonizados". Esse conceito é similar ao
praticado na magia. Objetos magicamente "carregados"
são considerados como transmissores do poder da
mágica que representam, e afetam aos que os tocam.
Portanto, caso um cristão venha a ter em sua casa,
escritório ou local de trabalho, qualquer um desses
objetos, estará dando ocasião para que os demônios (as
verdadeiras entidades espirituais associadas com esses
objetos) prejudiquem sua vida material e espiritual. A idéia
é que objetos como ídolos, imagens, esculturas, quadros
e fotos se tornam pontos de contato para os demônios,
que sempre estão procurando materializar-se através de
alguma coisa e assim atormentar os homens.(5) Admitir
tais coisas dentro de casa, seria convidar os demônios a
entrar e nos atormentar. Nas palavra de Jorge Linhares,
Não basta que abençoemos os nossos bens, nossos
pertences. precisamos verificar se não temos permitido
adentrar em nosso lar objetos que são por natureza
amaldiçoados - objetos que temos de lançar fora e de
preferência, queimar ou destruir.(6)
Uma outra coisa que segundo o pensamento da "batalha
espiritual" permite a entrada de demônios na vida da
pessoa é o ingerir comidas "trabalhadas" em centros de
umbanda. Num capítulo entitulado "Como os demônios se
apoderam das pessoas", do livro Orixás, Caboclos &
Guias, Edir Macedo inclui comidas sacrificadas a ídolos
como um desses meios. Ele conta o caso de um homem
que ingeriu uma comida "trabalhada" e foi atacado por um
espírito maligno que o fazia sofrer do estômago. Ele
conclui dizendo, "Todas as pessoas que se alimentam
dos pratos vendidos pelas famosas 'baianas' estão
sujeitas, mais cedo ou mais tarde a sofrer do
estômago."(7)
Mark Bubeck, que ficou conhecido no Brasil por seu livro
O Adversário, escreveu recentemente um outro livro sobre
como podemos criar nossos filhos em meio aos
constantes ataques que os demônios fazem ao nosso lar.
Ao fim do livro, Bubeck adicionou um apêndice, contendo
questionários cujas perguntas procuram levar os leitores a
descobrir as portas pelas quais têm permitido aos
demônios entrarem no lar e atacar os filhos. Uma das
portas é a presença em casa de objetos amaldiçoados,
como amuletos, fetiches e talismãs, livros sobre
ocultismo, bruxaria, astrologia, mágica, adivinhação, e
utensílios ou objetos usados em templos pagãos, rituais
de feitiçaria, ou ainda na prática da adivinhação, mágica
ou espiritismo. A sugestão de Bubeck é que a presença
dessas coisas no lar permite aos demônios que penetrem
na casa e atormentem os filhos.(8)
Uso de objetos no paganismo
A lista de Bubeck é bem modesta. Os objetos
considerados "amaldiçoados" por muitos cristãos são via
de regra aqueles usados nas religiões afro-brasileiras, nas
práticas ocultas e no catolicismo popular. Nas religiões
populares que empregam artes mágicas e práticas
ocultas, objetos religiosos desempenham importante papel
no culto e na fé dos participantes. São usados, por
exemplo, em despachos e trabalhos feitos pelos
pais-de-santos da umbanda. Objetos como o sal grosso, a
rosa ungida, a água fluidificada, fitas e pulseiras especiais
(como a do chamado "Senhor" do Bonfim) e ramos de
arruda são bastante populares. Ainda podemos incluir
talismãs e amuletos do tipo "pé-de-coelho". Para não
mencionar ainda os fetiches usados na magia e no
candomblé, as relíquias e imagens do catolicismo
popular.(9) Na feitiçaria, velas coloridas são usadas para
evocar vibrações energéticas das cores e promover
transformações pessoais. Amuletos são empregados na
proteção contra maus espíritos. Ainda são usados óleos
especiais, incensos, cremes, pó, cristais, pirâmides,
pêndulos, pulseiras, brincos e pendentes, colares
contendo saquinhos com fórmulas mágicas e
encantamentos, e muito mais.(10) As gárgulas (imagens
de animais grotescos) são freqüentemente associadas
com demônios.(11) Esses objetos são ungidos, benzidos,
abençoados, purificados, fluidificados com o objetivo de
passar ao seu possuidor alguma espécie de poder ou
proteção. Ou ainda, são usados em rituais de magia
associados com encantamentos, feitiços, despachos e
trabalhos espirituais em geral. Em alguns casos, esses
objetos são associados com os nomes das entidades
espirituais aos quais são dedicados.(12)
Maldições trazidas por objetos consagrados a
demônios
Como dissemos acima, para os aderentes do movimento
de batalha espiritual a ingestão, a posse e mesmo o
contato com coisas que foram oferecidas e consagradas
aos demônios trazem maldição aos crentes. Um caso
sempre mencionado é o do missionário que, ao regressar
ao seu país de origem, trouxe da tribo africana onde
trabalhava um pequeno fetiche (objeto usado nos rituais
religiosos) como recordação. O missionário,
evidentemente, não tinha qualquer atitude religiosa para
com o objeto, como os africanos; trouxe-o apenas como
lembrança, um souvenir. O fetiche foi colocado na estante
da sala, em sua casa. Não muito tempo depois, sua filha
ficou doente. Sua situação financeira foi de mal a pior.
Havia uma "opressão espiritual" no ar, dentro da casa.
Nada mais dava certo. Vozes e ruídos eram por vezes
ouvidos à noite. Um dia, uma profetiza de uma igreja
carismática veio visitar a família. Dirigiu-se imediatamente
à estante onde estava o fetiche. Sem hesitar, declarou que
a casa estava amaldiçoada por causa do objeto. Era
preciso quebrar a maldição. Os passo